A oferta de novos imóveis e a idade dos edifícios são fatores que podem contribuir para o aumento da taxa condominialFreepik

 A taxa condominial é uma das que mais pesa no bolso dos cariocas, ficando até 15% mais cara entre janeiro e agosto na capital. É o que indica pesquisa da startup Loft. Segundo o levantamento, em Cosmos, bairro na Zona Oeste que o ocupou o primeiro lugar no ranking das maiores variações, o avanço foi de 14,7%, com o preço saltando de R$ 4,80 por metro quadrado (m²) em janeiro para R$ 5,50 em agosto. Isso significa que, com o ajuste, o morador de um imóvel de 80 m², por exemplo, precisou desembolsar cerca de R$ 450 para pagar o condomínio no último mês.
As zonas Norte e Oeste concentraram as maiores altas, com oito dos 10 bairros onde a despesa subiu mais de 7% desde o início de 2023, mas houve variação de preço em cerca de um terço dos bairros da cidade. Na avaliação de Fábio Takahashi, gerente de Dados da Loft, dois motivos podem explicar este cenário: a oferta de novos imóveis na cidade e a idade dos condomínios. "Diferentes fatores influenciam nesse cálculo, mas o conforto oferecido é um deles. Se há mais imóveis à venda com amenidades como área de lazer, piscina e academia, o valor do condomínio tende a subir, assim como o valor médio da taxa no bairro", observa Takahashi. Ao mesmo tempo, ressalta o especialista, mais edifícios estão completando 10, 15 anos de lançamento. “Então, é esperado que haja mais gastos com manutenção e reformas, o que também encarece o valor total que é rateado entre os moradores”, explica o executivo.
O estudo aponta ainda que quem mora no Leblon, Ipanema e Barra da Tijuca paga hoje as maiores taxas de condomínio por m². Na liderança está o Leblon com o valor de R$ 15,70, em média, no último mês. Na sequência estão Ipanema e Barra com preços médios do condomínio por m² de R$ 14,90 e R$ 14,20, respectivamente. Além destes, completam a relação: Lagoa (R$ 14,10), São Conrado (R$ 13,80), Gávea (R$ 13,30), Humaitá (R$ 12,80), Catete (R$ 12,70), Copacabana (R$ 12,30) e Jardim Botânico (R$ 12,30).